Mesmo com alguma diferença que ainda exista no tratamento dado pela sociedade a homens e mulheres, é preciso reconhecer que cada vez mais elas têm buscado e, na maioria das vezes, conseguido se colocar de forma satisfatória no mercado de trabalho. Atualmente é possível encontrar mulheres que já atuam em áreas onde predomina a presença masculina. Com talento, garra e um jeito feminino bem característico, as mulheres provam que há muito tempo já não são mais o sexo frágil.
As brasileiras, segundo pesquisas, aumentaram sua presença, formalização e rendimento no mercado de trabalho. De acordo a Secretaria de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres, o aumento da participação feminina foi de 4,5% entre 2000 e 2010. Esse crescimento também é notado no Rio Grande do Norte.
O tanatopraxista é responsável por auxiliar na preparação do corpo do falecido, para que ele possa estar com a melhor aparência possível no momento do velório. “É um trabalho que mexe com as expectativas e anseios de familiares e amigos do falecido, então sei da grande responsabilidade que tenho”, destaca Andreia. “Apesar de, culturalmente, essa área ser considerada território masculino, com o apoio e incentivo que recebi tenho condições de estar no mesmo patamar que meus colegas homens”, explica.A tanatopraxista Andrea Alves de Nascimento desejava o crescimento profissional e, entre tantos homens, obteve destaque com seu trabalho e persistência. Sua carreira no segmento funerário começou no setor de vendas, mas após uma oportunidade oferecida pela empresa em um processo de seleção interno, ela teve a oportunidade de mudar de vida e receber formação para ingressar numa área nova e cheia de desafios que a motivam até hoje.
Dessa forma, a presença feminina tem sido cada vez mais expressiva e valorizada nas empresas. De acordo com a coordenadora de treinamento do Grupo Vila em Natal, Auta de Souza, em quase todos os setores da empresa, que é especializada em serviços funerários, há mulheres atuando. Dos cargos de gerência e direção, passando por vendas externas e atendimento, até os auxiliares de limpeza, a presença delas é marcante e configura, em muitos momentos, um diferencial.
“Para compor nosso quadro de funcionários, buscamos pessoas comprometidas e capazes de atuar com compaixão e seriedade. Nesses aspectos, dá para perceber o quanto as mulheres têm se enquadrado e obtido sucesso em suas trajetórias profissionais”, afirma Auta. “Temos orgulho de ser uma empresa que não limita os talentos profissionais de nossos funcionários e sempre oferecemos condições iguais de melhoria”, completa a coordenadora.
Mulheres cada vez mais independentes
Um dos setores onde as mulheres são maioria no Grupo Vila é o de vendas externas. “Na nossa equipe de vendedoras, sempre procuramos dar oportunidades a mulheres que tenham um perfil mais maduro e que tenham bastante garra”, explica Auta. E, na equipe, chama atenção a história de vida de Rutenia Dias Bezerra, de 58 anos. Natural de Recife (PE), a vendedora do Plano Sempre em Natal completará quatro anos de empresa em setembro de 2015.
Rutenia faz questão de frisar uma oportunidade de trabalho mudou sua vida, quando já depois dos 50 anos teve a chance de se recolocar no mercado de trabalho e, assim, conquistar independência pessoal e financeira. “Minha história mudou num dia de chuva, quando ofereci abrigo na minha casa a uma vendedora do Plano Sempre. Enquanto ela me falava dos benefícios do plano, ia me contando de como era feliz e realizada no seu emprego. Isso chamou minha atenção. Foi quando decidi que queria tentar fazer parte da equipe”, conta.
Após sair da visita, a vendedora levou consigo um currículo de Rutenia e entregou aos seus supervisores. Depois de passar por todo o processo seletivo, Rutenia foi contratada e vive hoje uma rotina movimentada da qual não quer sair tão cedo. “Trabalhar, para mim, é um prazer. Gosto de lidar com pessoas e não consigo ficar parada. Além disso, confio no produto que vendo. Acho que por esses motivos sou tão realizada no meu trabalho e consigo sempre alcançar meus objetivos profissionais”, explica com entusiasmo.
Atualmente o Grupo Vila emprega, em Natal, mais de 200 mulheres e, para Auta de Souza, esse número tende a crescer cada vez mais. “Acreditamos que a mulher tem plenas condições de fazer tudo aquilo que quiser, desde que, assim como os homens, se dediquem e persistam naquilo que acreditam. As barreiras de gênero não devem ser empecilho para o sucesso profissional de alguém”, finaliza.
Fonte: G1
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